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sábado, 25 de julho de 2009

Porque o tamanho não é tudo!

Vou deixar-vos hoje com mais uma “denúncia”, desta vez de uma grande instituição de Ensino Superior de grande orgulho nacional. Todos nós já conhecemos a Lusófona, não só pela dimensão do seu grupo mas por ser “a maior instituição de ensino superior privado do país”. Falo particularmente da Universidade Lusófona de Lisboa, a qual frequento à 5 anos. (Achavam que ia falar de sexo era? Preversos :p)

Cursos e alunos não faltam, é uma realidade. No entanto, a organização geral desta Universidade deixa muito a desejar. O que safa ALGUNS cursos desta Universidade, estando o meu incluído, são os professores que são na sua maioria muito bons.
Uma das primeiras coisas que notei quando lá entrei em 2004, foi que não havia acesso para deficientes… existem literalmente meia dúzia de salas de aulas em que é possível um deficiente motor se deslocar, razão pela qual, nestes 5 anos apenas vi uma aluna em cadeira de rodas.

A segunda coisa que reparei, foi na qualidade das instalações. Salas de aula sem ar condicionado, com cadeiras e mesas partidas por serem pouco resistentes e muito pouco espaço exterior para se estar, visto que está ocupado com estacionamento. Temos também uma cantina e 3 cafés nos quais faz imenso frio de Inverno (menos no mais pequeno que está sempre muito abafado), e uma biblioteca na qual não há espaço para estudarmos por ter uma pequena dimensão para o número de alunos existentes.
Com a entrada de Bolonha, o número de mestrados cresceu em grande quantidade, o que se traduziu não só por um aumento de alunos, mas também num aumento de cursos, principalmente os nocturnos. Resultado: não há salas de aula para toda a gente o que significa ter uma sala de aula diferente todos os dias e sem condições. Posso-vos dizer que este ano tive a maior parte das aulas numa sala de arquitectura com estiradores, o que deu muitas dores de costas a muito boa gente (estou num curso de Psicologia!!), além de termos passado algumas vezes pelo laboratório de engenharia civil. No inicio do ano estávamos todos contentes por estarmos nas salas da biblioteca (que são quentinhas e confortáveis), mas rapidamente fomos transferidos para o outro lado.
Nada de grave, a organização e condição das salas de aula é uma coisa com a qual conseguimos viver.

A Lusófona é também carinhosamente apelidada por todos como Xulófona. Isto porque os cursos além de já serem caros, aumentam de preço todos os anos sem falhar. O que falha, pelos vistos, é a actualização destes! O mestrado que estou a frequentar, tem sofrido várias alterações desde a entrada de Bolonha, inclusive nos créditos e no nome. Em Junho, uma rapariga da tesouraria, informou uma colega minha, que houve um erro no sistema, e que ela devia 100 euros à Universidade, pois a mensalidade era na realidade 10€ mais cara do que nos tinham cobrado até à data. Rapidamente a notícia espalhou-se e diversos colegas meus foram pedir explicações. Ao que parece, os funcionários desta Universidade não actualizaram os preços do curso porque “dava muito trabalho e perdia-se cerca de 2 minutos por aluno… imagine se fossemos fazer isto a todos”. Resultado: todos tivemos de pagar estes 100 euros extra. Ainda tentei informar-me na DECO sobre este assunto, mas como havia um documento do início do ano lectivo que declarava aquele valor como mensalidade para este curso, tinhamos mesmo de pagar.

Quando pedimos o livro de reclamações, pois era a única coisa que podíamos fazer, as senhoras ficaram muito nervosas e tentaram dissuadir-nos de o preenchermos. Demoraram cerca de 15 minutos a meia-hora (nos dias em que eu e algumas colegas fomos lá) a entregar-nos o livro, o qual tivemos de preencher numa sala à parte, longe de olhares indiscretos.

Não culpo de todo as pessoas que estão no balcão. As suas chefias não devem ver importância na formação desta gente, sendo essa uma das razões para termos respostas diferentes sobre um mesmo assunto quando vamos pedir informações.

Apesar da falta de espaço e défice de informação, esta Universidade abre cursos novos todos os anos e “gaba-se” de ter cada vez mais alunos! É o que dá preocupar-se só com o tamanho e ignorar o desempenho…

Decididamente o tamanho não é tudo!!

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